As residências de estudantes nem sempre são o local mais entusiasmante do mundo, no entanto existem algumas excepções. O projecto que hoje lhe iremos mostrar é o exemplo perfeito de como a arquitectura é capaz de conformar espaços incríveis e distintos, mesmo tendo áreas e programas bastante específicos.
O edifício maravilhoso que de seguida irá ficar a conhecer é da autoria do colectivo FORA. Esta empresa foi criada no ano de 2009 entre as cidades de Lisboa e Atenas por três arquitectos: João Fagulha, Raquel Oliveira e João Ruivo. Ao trabalhar em permanente colaboração com outros profissionais, este atelier propõe soluções distintas nas áreas da arquitectura e do urbanismo.
Esta residência de estudantes situa-se em Atenas e foi premiada com o primeiro lugar de um Concurso Internacional no ano de 2010; desde então que não tem passado despercebida no panorama arquitectónico europeu. As imagens seguintes irão mostrar-lhe como este é de facto um edifício realmente único cuja configuração se adapta perfeitamente ao programa que lhe é atribuído.
Ao olharmos para a fachada do edifício é imediata a assumpção que este complexo habitacional não é de todo convencional. Apenas a fachada já nos revela muito acerca das potencialidades espaciais deste edifício.
A composição estética da fachada destaca-se de todos os edifícios em seu redor, tornando-se este na peça mais relevante desta paisagem residencial. Os vãos exteriores em forma de crucifixo são talvez o que mais distingue e cativa a atenção do espectador.
Vamos aproximar-nos e descobrir o que mais este projecto tem para nos revelar.
No interior do edifício encontra-se um pequeno pátio para o qual se orientam as galerias de circulação internas que são ao mesmo tempo espaços exteriores colectivos que podem ter diversas funções.
Esta imagem mostra-nos também como os pisos se encontram desnivelados, oferecendo assim a cada habitante um piso praticamente exclusivo. Ou seja, apesar das galerias exteriores serem colectivas, é possível oferecer a cada habitante uma porção de espaço exterior, sendo este apenas delimitado pela sua altimetria. É através destas galerias que é efectuado o acesso a todas as áreas comuns da residência como zonas de estar, estudar ou cozinha.
Desta forma podemos assumir que a divisão entre o espaço privado e colectivo é feita de uma forma não-convencional que incentiva à partilha do espaço comum.
Ao entrarmos numa das residências rapidamente percebemos como as grandes galerias exteriores colectivas dão origem a um espaço privativo que actua no domínio do individual. Os quartos convertem-se assim em pequenas alcovas com áreas limitadas e reduzidas apenas ao que é fundamental. Neste caso o fundamental é o dormir e o estudar, no entanto estas áreas podem ser expandidas através de uma parede móvel que separa os dormitórios do átrio central do edifício residencial.
Cada dormitório possui ainda uma casa-de-banho privativa, e a espessura da fachada permite tomar um duche na varanda!
Para terminar da melhor maneira possível o edifício possui ainda uma cobertura ampla e acessível pedonalmente. Aqui é possível desfrutar da paisagem magnífica da envolvente e aproveitar longas tardes de sol.
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